a contingência sempre nos fez ser o que éramos ou somos. O que é nem sempre foi; isto é, foi sempre na confluência de encontros, de acasos, ao longo de uma história frágil, precária, que se formaram as coisas que nos dão a impressão de serem sempre as mais evidentes. (5)
permitem aos indivíduos efetuarem um certo número de operações sobre os seus corpos, sobre as suas almas, sobre o seu próprio pensamento, sobre a sua própria conduta, e isso de tal maneira a transformarem-se a eles próprios, a modificarem-se, ou a agirem num certo estado de perfeição, de felicidade, de pureza, de poder sobrenatural e assim por diante. (6)
1. FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade II: o uso dos prazeres. Trad.: Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.
2. _______________ . A hermenêutica do sujeito. Curso dado no College de France (1981-1982). Tradução Marcio Alves da Fonseca e Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
3. VEYNE, Paul. Foucault: seu pensamento, sua pessoa. Trad.: Marcelo J. de Morais. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p. 201.
4. Ibid.: p. 179
5.FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos IV. Estratégia Poder-saber. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2012, p. 449.
6. _______________ . Verdade e subjetividade (Howison Lectures). Revista de Comunicação e Linguagem, no. 19. Lisboa: Edições Cosmos, 1993, p. 4.